Entrevista com Tino Júnior
- Casa de Música
- 5 de fev.
- 3 min de leitura
Sobre você e sua história
1. Como foi começar na música tão cedo? O piano e o violão ainda influenciam no jeito que você toca sax hoje?
Tino: Foi bom, porque tocar um instrumento harmônico é fundamental para quem toca um instrumento melódico. Isso ajuda a reconhecer os acordes mesmo sem tocá-los.
2. Por que escolheu o saxofone como seu instrumento principal?
Tino: Pela sonoridade única que o instrumento traz, proporcionando ao músico a oportunidade de ter uma marca registrada.
3. Como foi aprender com mestres como Idriss Boudrioua? Tem alguma dica ou aprendizado que marcou você?
Tino: A música está sempre em primeiro plano quando se toca um instrumento. É essencial ouvir todos os instrumentos que estão na banda ou na orquestra.
Sobre o recital e a igreja
4. O que significa para você tocar num recital como esse, dentro de uma igreja?Tino: É a oportunidade de levar experiências vividas no ambiente secular e profissional para os músicos que participam no louvor, mostrando que é possível evoluir muito ao estudar e se dedicar para oferecer o melhor ao Senhor.
5. O que o público pode esperar do repertório? Alguma música ou momento que seja mais especial para você?
Tino: Cada música tem sua característica especial. A ideia é fazer um repertório mesclado, com cânticos e músicas autorais, explorando ritmos e melodias.
6. Como a música instrumental pode ajudar as pessoas a se conectarem com Deus?Tino: Um dos motivos é que, por não possuírem letras, as músicas instrumentais facilitam a concentração em um momento de oração.
Sobre estilo e influências
7. Seu som no sax é bem marcante. Quais artistas ou estilos influenciam você?Tino: Na busca por identidade, todo músico acaba ouvindo e apreciando artistas mais experientes, mesmo que não toquem o mesmo instrumento. Como saxofonista, posso citar Charlie Parker, John Coltrane, Michael Brecker, Bob Mintzer, entre outros. Mas o som que me fez começar foi o de David Sanborn.
8. Como você mistura jazz, música brasileira e seu estilo próprio?
Tino: Tento moldar minha maneira de tocar misturando o fraseado do jazz com a riqueza dos ritmos brasileiros.
9. Tem algum projeto ou show que foi transformador na sua vida como músico?Tino: No início, assisti a muitos shows inspiradores, especialmente no "Free Jazz Festival", que trazia grandes atrações internacionais e artistas brasileiros muito ouvidos na época.
Sobre o futuro e conselhos
10. Quais são os próximos passos na sua carreira? Tem algum sonho grande?Tino: Pretendo voltar a gravar novas composições autorais e participar de grandes festivais representando a música brasileira.
11. Que dica você daria para quem está começando na música, especialmente no sax?
Tino: Ouçam muito! Por mais que o conhecimento teórico seja importante, o entendimento se torna muito mais fácil quando se tem a referência certa do que se pretende tocar.
Para descontração
12. O que você gosta de ouvir no dia a dia? Tem alguma música ou artista que não pode faltar?
Tino: Ainda ouço todos os saxofonistas que citei anteriormente: Charlie Parker, John Coltrane, Michael Brecker, Bob Mintzer, David Sanborn, Chris Potter, Cannonball Adderley e outros, além de novidades que surgem. Também gosto de grupos como Yellowjackets e big bands.
13. Tem alguma mania ou ritual antes de tocar ao vivo?
Tino: Não, apenas cuidados necessários com o sax e a flauta, como checar palhetas e sapatilhas, já que qualquer dano nesses itens pode comprometer o instrumento.
Muito boa a entrevista. Ansiosa para conhecer o Tino, seu talento e ver a igreja cheia ouvindo a boa música. .